Ensaio "As cores do trabalho" - Aceito no Paraty em foco 2024

Coleção denominada Sua opinião não me interessa (click e assista ao vídeo) - Aceito no Paraty em foco 2023

Esta coleção reflete o caos e a falta de liberdade de ter uma opinião diferente da opinião da maioria. As redes sociais e a ligação entre todas as pessoas, que a internet possibilitou, prometia a democracia e liberdade de opiniões, porém não é isso que acontece. Poucos gritam muito auto e os pontos de vista não são mais debatidos, só são aceitos dois pontos de vista, ou contra ou a favor, não existe lugar para discussão. Ninguém liga para as opiniões diferentes, todos gritam e ninguém se entende, já que para cada um, a opinião do outro não interessa.

Coleção de obras que dei o nome de bolinhas (Click e assista ao vídeo)

Ela mostra o sentimento de estar sendo sufocado pelas opiniões dos outros. Esses são grupos de pessoas que na necessidade de conquistar o seu lugar e o reconhecimento da sociedade, passam por cima do direito de outras pessoas que tentam se manter vivas e seguir com suas vidas, mas são ignoradas, e tem seu direito a ter opiniões diferentes roubado por quem grita mais alto. Essas obras, não tem nomes definidos de propósito porque cada pessoa identifica sua dor na obra, dando significado para sua própria vida, sendo o que eu pensei ao cria-la irrelevante. As mãos falam, no lugar da voz.

Sem rosto

Pessoas passam diante das vitrines que atraem seus olhares.

A senhora conduzindo um carrinho de bebê, para em frente a uma loja... _este tem a minha cara !

Um casal com seus setenta e poucos anos passeia pela calçada e ela é atraída por um lindo vestido... _ com essa bolça e esses sapatos ficaria maravilhoso.

Um jovem rapaz recém-casado passeia de mãos dadas pelas calçadas com seu marido e se detém em frente a uma loja especializada em roupas para motociclistas, e se vê dentro daquele conjunto de calça e jaqueta em couro, voando pelas estradas abraçado a seu amor.

Nas vitrines se vê manequins com as mais belas roupas e acessórios, seguindo loja após loja, ladeadas umas pelas outras, todas semelhantes e disputando a atenção dos transeuntes.

As pessoas param diante dessas figuras finamente vestidas e se veem dentro das roupas; porem os manequins não tem rosto! Esses, feitos de maneira proposital, para que não possuam personalidade; cada manequim serve para que a (o) possível cliente se veja dentro desse corpo sintético, sem vida e sem alma, experimentando os modelos em sua imaginação; por isso são feitos sem rosto.

Ao se projetar em seu objeto de desejo, essa pessoa passa a não ter mais um rosto também, pois passou a ser apenas mais uma vítima dentro do monstro sem alma que devora espíritos e submete as vontades, o conhecemos por consumo.

É o momento em que o ser é substituído pelo ter.

A armadilha está deflagrada!

Sua vontade e alma estão presas, e as cabeças iluminadas desses manequins sem rosto, denunciam que ali está a luz roubada de mais uma vítima.

E assim corpos vazios, rolam pelas calçadas onde lojas ladeadas por outras lojas, com belas vitrines cheias de manequins sem rosto; são como zumbis e ao olharem seu próprio reflexo nas vitrines percebem que se transformaram em mais uma figura sem rosto.

Coleção "Omissão" (Click e assista ao vídeo)

Coleção criada em uma viajem às cidades históricas de Minas Gerais, onde o fausto da riqueza se contrasta com o sofrimento infringido aos escravizados e aceito como algo normal, tanto pela igreja quanto pela sociedade da época.

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